PIRENEUS ORIENTAIS entre mar e montanha
São poucos os departamentos franceses que nos oferecem ao mesmo tempo o mar e a montanha. O departamento dos Pireneus Orientais, fronteiriço da Espanha e do mar Mediterrâneo, é um deles. Ele apresenta paisagens variadas e contrastantes com seus maciços cobertos de florestas alpinas, os vales estreitos dos rios Tech e Têt que desembocam no golfo do Leão e as paisagens de vinhedos em terraços e enseadas protegidas ao pé dos penhascos na costa Vermeille. Essa diversidade ambiental é protegida graças às reservas naturais e às zonas classificadas. Uma delas é a que vamos percorrer : a do Maciço do Canigou, conhecido pela beleza de suas paisagens e comprometimento com o desenvolvimento sustentável. Esse território recebeu do Estado a classificação de Grand Site de France pelo seu grande valor patrimonial, pela qualidade de preservação e acolhida ao visitante e pelos projetos propostos para o futuro e realizados pelos habitantes locais.
São poucos os departamentos franceses que nos oferecem ao mesmo tempo o mar e a montanha. O departamento dos Pireneus Orientais, fronteiriço da Espanha e do mar Mediterrâneo, é um deles. Ele apresenta paisagens variadas e contrastantes com seus maciços cobertos de florestas alpinas, os vales estreitos dos rios Tech e Têt que desembocam no golfo do Leão e as paisagens de vinhedos em terraços e enseadas protegidas ao pé dos penhascos na costa Vermeille. Essa diversidade ambiental é protegida graças às reservas naturais e às zonas classificadas. Uma delas é a que vamos percorrer : a do Maciço do Canigou, conhecido pela beleza de suas paisagens e comprometimento com o desenvolvimento sustentável. Esse território recebeu do Estado a classificação de Grand Site de France pelo seu grande valor patrimonial, pela qualidade de preservação e acolhida ao visitante e pelos projetos propostos para o futuro e realizados pelos habitantes locais.

Nosso percurso começa na cidade de Perpignan, prefeitura do departamento. A cidade foi a capital do reino de Maiorca no século XIII e a influência catalã é marcante no bairro medieval. No sul do bairro histórico ergue-se o palácio-fortaleza dos reis de Maiorca. De estilo gótico, cercado por muralhas e com vista para a costa, ele é um dos emblemas da cidade. O pico do Canigou com seus 2784 m é visível do centro da cidade e indica a direção da nossa viagem.
Maciço do Canigou
Uma das particularidades do maciço é de apresentar a fusão de diferentes tipos de clima. Na sua base, um clima mediterrâneo caracterizado por uma planície arbórea de frutas e do maquis. Segue um clima de montanha subalpino e alpino. Para os que desejam caminhar e observar a flora e fauna, há mais de 500 km de trilhas marcadas e 200 km de pistas marcadas para ATV. As florestas de coníferas e faias abrigam espécies raras. Os grandes mamíferos abundam no maciço como as camurças. No céu, as grandes aves de rapina são identificáveis, a águia real, o grifo, o abutre do Egito. Os pássaros são numerosos e variados.
Uma das particularidades do maciço é de apresentar a fusão de diferentes tipos de clima. Na sua base, um clima mediterrâneo caracterizado por uma planície arbórea de frutas e do maquis. Segue um clima de montanha subalpino e alpino. Para os que desejam caminhar e observar a flora e fauna, há mais de 500 km de trilhas marcadas e 200 km de pistas marcadas para ATV. As florestas de coníferas e faias abrigam espécies raras. Os grandes mamíferos abundam no maciço como as camurças. No céu, as grandes aves de rapina são identificáveis, a águia real, o grifo, o abutre do Egito. Os pássaros são numerosos e variados.
O pico do Canigou é a montanha sagrada dos catalães. Um pouco de história : até 1659, a maior parte do departamento dos Pireneus Orientais fazia parte do principado da Catalunha, pertencente à coroa de Aragão. A lingua falada era o catalão e a região ainda hoje é denominada de Catalunha do norte. O espírito catalão continua vivo e presente em todo o departamento. |
Situado no vale de Vallespir, no território do sul do Canigou, os canyons da « la Fou » constituem um sítio natural e um patrimônio exceptional. O pequeno rio la Fou traçou uma passagem de 200 a 205 m de profundidade nas gigantescas rochas e são os canyons mais estreitos do mundo. Uma passarela metálica de 1.500 m permite visitar o canyon e sua rede de galerias e grotas. Um ônibus gratuito que passa pelas cidades de Amélie-les-Bains e Arles-sur-Tech tem seu ponto final no canyon.
Os orgãos de l’Ille-sur-Têt, verdadeiras chaminés de fada encantam a paisagem. São penhascos de areia e argila que a erosão trabalhou como um escultor. E’ uma paisagem de uma beleza fragil e efêmera.
Durante todo o percurso, avistamos as torres de sinais que se elevam nos cumes das montanhas. Elas faziam parte de uma rede de comunicação entre os diferentes vales. A torre de Goa, construída no século XII, dependia do monastério de Saint-Michel-de-Cuxa.
Em 1659, a França e a Espanha assinam o Tratado dos Pireneus e a Catalunha é dividida entre os dois países. Vauban, engenheiro e militar francês, é encarregado de construir uma linha de defesa nos pontos estratégicos de certas cidades. No maciço do Canigou encontramos três belos exemplos das obras de Vauban. O Forte Le Bains em Amélié-les-Bains, construido em 1683, o Forte Lagarde em Prats-de-Mollo que data de 1686 e o Forte Libéria em Villefranche de Conflent em 1681. Vauban também renforçará as muralhas medievais da cidade de Villefranche de Conflent situada no estreito vale do rio Têt.

A arte românica penetrou no sul da França no século X. Na arquitetura, pintura, escultura, ela se expressa remarcavelmente em todo o território através das capelas, igrejas e claustros como a abadia de Sainte Marie em Arles-sur-Tech, a mais antiga da Catalunha, fundada no fim do século VIII e a bela igreja românica de Montferrer.

Diferentes fontes termais jorram no vale. Vernet-les-Bains é uma bela estação termal ao pé do Canigou. Rudyard Kipling a frequentou em 1910, 1911 e 1914. A cidade possui um centro de spa/terapia. Amélie-les-Bains é uma das primeiras estações termais da França. Suas aguas sulfurosas ja’ eram conhecidas no tempo dos romanos.
Para os que querem conhecer o território caminhando, há mais de 500 km de trilhas marcadas e 200 km de pistas marcadas para ATV. Para os amadores de trekking, três grandes pistas atravessam o maciço. Essas trilhas são conectadas e permitem caminhadas que duram vários dias. Cinco refúgios no maciço acolhem os montanhistas.
www.canigou-grandsite.fr

A extraordinaria biodiversidade dos Pireneus Orientais também se encontra no mar e no litoral. Ao pé do maciço dos Albères existe um paraíso submarino fragil, a Reserva Natural Marinha de Cerbère-Banyuls. A fisionomia e beleza da costa Vermeille (Argelès-sur-Mer, Port-Vendres, Collioure, Banyuls-sur-Mer, Cerbère) se encontra na superficie das águas. Entre 15 a 30 m de profundidade, o mar acolhe diversas espécies de peixes, polvos e esponjas. O prolongamento submarino se efetua com o estrato de corais, meio ambiente apreciado pelos mergulhadores – um reino de cores e formas. Uma trilha submarina marcada permite descobrir esse ecossistema rico e diversificado, nadando na superfície equipado de palmas, máscara e tuba.

O vinhedo da Costa Vermeille cobre as montanhas escarpadas e descem até o Mediterrâneo.O vinhedo nessa região tem a particularidade de se juntar com outro tipo de espaço (floresta, olivais) ; essa mistura oferece uma biodiversidade abundante e uma rica fauna e flora. As encostas íngremes, o solo de xisto e o clima mediterrâneo levaram os homens a desenvolver uma arquitetura em terraços, uma armadura sobre a qual repousam os vinhedos. Construidos em pedra seca, os pequenos muros dão um ritmo às encostas através de suas linhas horizontais. O vinho Banyuls é um vinho doce natural e os vinhos Collioure são secos.
A cidade de Collioure é considerada a jóia da Costa Vermeille tal a sua beleza. A cidade velha, a igreja Notre Dame des Anges cujo campanário era o antigo farol do porto, o castelo real residência dos reis de Maiorca e o pitoresco bairro de Mouré serviram de inspiração a muitas pinturas de Matisse.
A angra de Paulilles acolheu a fábrica de dinamites de Alfredo Nobel. Ela foi maravilhosamente reabilitada em 2008. A riqueza da sua história e a beleza da paisagem fazem com que ela seja um dos lugares mais apreciados da região.
A angra de Paulilles acolheu a fábrica de dinamites de Alfredo Nobel. Ela foi maravilhosamente reabilitada em 2008. A riqueza da sua história e a beleza da paisagem fazem com que ela seja um dos lugares mais apreciados da região.
A cidade de Banyuls é charmosa com a sua marina, os vinhedos cujo vinho leva seu nome, e ruas plantadas com palmeiras e plátanos. E’ a cidade do escultor Aristide Maillol que tem ai seu museu. Também abriga o Observatório Oceanográfico que é um espaço que apresenta as pesquisas realizadas em biologia e ecologia. O seu biodiversarium constitui um instrumento de valorização das riquezas locais em torno da biodiversidade. O Jardim mediterrâneo do biodiversarium é extremamente pedagógico e o novo aquário, com o mesmo intuito, acaba de ser inaugurado.
Percorra esse belo território ao seu ritmo e desfrute desse meio ambiente protegido e valorizado.