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PIRENEUS ORIENTAIS entre mar e montanha

São poucos os departamentos franceses que nos oferecem ao mesmo tempo o mar e a montanha. O departamento dos Pireneus Orientais, fronteiriço da Espanha e do mar Mediterrâneo, é um deles. Ele apresenta paisagens variadas e contrastantes com seus maciços cobertos de florestas alpinas, os vales estreitos dos rios Tech e Têt que desembocam no golfo do Leão e as paisagens de vinhedos em terraços e enseadas protegidas ao pé dos penhascos na costa Vermeille. Essa diversidade ambiental é protegida graças às reservas naturais e às zonas classificadas. Uma delas é a que vamos percorrer : a do Maciço do Canigou, conhecido pela beleza de suas paisagens e comprometimento com o desenvolvimento sustentável. Esse território recebeu do Estado a classificação de Grand Site de France pelo seu grande valor patrimonial, pela qualidade de preservação e acolhida ao visitante e pelos projetos propostos para o futuro e realizados pelos habitantes locais.

ImagemPalacio dos Reis de Maiorca em Perpignan


 


Nosso percurso começa na cidade de Perpignan, prefeitura do departamento. A cidade foi a capital do reino de Maiorca no século XIII e a influência catalã é marcante no bairro medieval. No sul do bairro histórico ergue-se o palácio-fortaleza dos reis de Maiorca. De estilo gótico, cercado por muralhas e com vista para a costa, ele é um dos emblemas da cidade. O pico do Canigou com seus 2784 m é visível do centro da cidade e indica a direção da nossa viagem.


Maciço do Canigou

Uma das particularidades do maciço é de apresentar a fusão de diferentes tipos de clima. Na sua base, um clima mediterrâneo caracterizado por uma planície arbórea de frutas e do maquis. Segue um clima de montanha subalpino e alpino. Para os que desejam caminhar e observar a flora e fauna, há mais de 500 km de trilhas marcadas e 200 km de pistas marcadas para ATV. As florestas de coníferas e faias abrigam espécies raras. Os grandes mamíferos abundam no maciço como as camurças. No céu, as grandes aves de rapina são identificáveis, a águia real, o grifo, o abutre do Egito. Os pássaros são numerosos e variados.

Imagem
O Pico do Canigou

O pico do Canigou é a montanha sagrada dos catalães. Um pouco de história : até 1659, a maior parte do departamento dos Pireneus Orientais fazia parte do principado da Catalunha, pertencente à coroa de Aragão. A lingua falada era o catalão e a região ainda hoje é denominada de Catalunha do norte. O espírito catalão continua vivo e presente em todo o departamento.


Situado no vale de Vallespir, no território do sul do Canigou, os canyons da « la Fou » constituem um sítio natural e um patrimônio exceptional. O pequeno rio la Fou traçou uma passagem de 200 a 205 m de profundidade nas gigantescas rochas e são os canyons mais estreitos do mundo. Uma passarela metálica de 1.500 m permite visitar o canyon e sua rede de galerias e grotas. Um ônibus gratuito que passa pelas cidades de Amélie-les-Bains e Arles-sur-Tech tem seu ponto final no canyon.

Os orgãos de l’Ille-sur-Têt, verdadeiras chaminés de fada encantam a paisagem.  São penhascos de areia e argila que a erosão trabalhou como um escultor. E’ uma paisagem de uma beleza fragil e efêmera.

Durante todo o percurso, avistamos  as torres de sinais que se elevam nos cumes das montanhas. Elas faziam parte de uma rede de comunicação entre os diferentes vales. A torre de Goa, construída no século XII, dependia do monastério de Saint-Michel-de-Cuxa.


Em 1659, a França e a Espanha assinam o Tratado dos Pireneus e a Catalunha é dividida entre os dois países. Vauban, engenheiro e militar francês,  é encarregado de construir uma linha de defesa nos pontos estratégicos de certas cidades. No maciço do Canigou encontramos três belos exemplos das obras de Vauban. O Forte Le Bains em Amélié-les-Bains, construido em 1683, o Forte Lagarde em Prats-de-Mollo que data de 1686 e o Forte Libéria em Villefranche de Conflent em 1681. Vauban também renforçará as muralhas medievais da cidade de Villefranche de Conflent situada no estreito vale do rio Têt.
ImagemAbadia Sainte Marie em Arles-sur-Tech


A arte românica penetrou no sul da França no século X. Na arquitetura, pintura, escultura, ela se expressa remarcavelmente em todo o território através das capelas, igrejas e claustros como a abadia de Sainte Marie em Arles-sur-Tech, a mais antiga da Catalunha, fundada no fim do século VIII e a bela igreja românica de Montferrer.



ImagemA cidade de Vernet-les-Bains





Diferentes fontes termais jorram no vale. Vernet-les-Bains é uma bela estação termal ao pé do Canigou. Rudyard Kipling a frequentou em 1910, 1911 e 1914. A cidade possui um centro de spa/terapia. Amélie-les-Bains é uma das primeiras estações termais da França. Suas aguas sulfurosas ja’ eram conhecidas no tempo dos romanos.


 

Para os que querem conhecer o território caminhando, há mais de 500 km de trilhas marcadas e 200 km de pistas marcadas para ATV. Para os amadores de trekking, três grandes pistas atravessam o maciço. Essas trilhas são conectadas e permitem caminhadas que duram vários dias. Cinco refúgios no maciço acolhem os montanhistas.
www.canigou-grandsite.fr
ImagemCosta Vermeille
 
A extraordinaria biodiversidade dos Pireneus Orientais também se encontra no mar e no litoral. Ao pé do maciço dos Albères existe um paraíso submarino fragil, a Reserva Natural Marinha de Cerbère-Banyuls. A fisionomia e beleza da costa Vermeille (Argelès-sur-Mer, Port-Vendres, Collioure, Banyuls-sur-Mer, Cerbère)  se encontra na superficie das águas. Entre 15 a 30 m de profundidade, o mar acolhe diversas espécies de peixes, polvos e esponjas. O prolongamento submarino se efetua com o estrato de corais, meio ambiente apreciado pelos mergulhadores – um reino de cores e formas. Uma trilha submarina marcada permite descobrir esse ecossistema rico e diversificado, nadando na superfície equipado de palmas, máscara e tuba.


ImagemVinhedo em Banyuls


O vinhedo da Costa Vermeille cobre as montanhas escarpadas e descem até o Mediterrâneo.O vinhedo nessa região tem a particularidade de se juntar com outro tipo de espaço (floresta, olivais) ; essa mistura oferece uma biodiversidade abundante e uma rica fauna e flora. As encostas íngremes, o solo de xisto e o clima mediterrâneo levaram os homens a desenvolver uma arquitetura em terraços, uma armadura sobre a qual repousam os vinhedos. Construidos em pedra seca, os pequenos muros dão um ritmo às encostas através de suas linhas horizontais. O vinho Banyuls é um vinho doce natural e os vinhos Collioure são secos.



A cidade de Collioure é considerada a jóia da Costa Vermeille tal a sua beleza. A cidade velha, a igreja Notre Dame des Anges cujo campanário era o antigo farol do porto, o castelo real residência dos reis de Maiorca e o pitoresco bairro de Mouré serviram de inspiração a muitas pinturas de Matisse.
A angra de Paulilles acolheu a fábrica de dinamites de Alfredo Nobel. Ela foi maravilhosamente reabilitada em 2008. A riqueza da sua história e a beleza da paisagem fazem com que ela seja um dos lugares mais apreciados da região.


A cidade de Banyuls é charmosa com a sua marina, os vinhedos cujo vinho leva seu nome, e ruas plantadas com palmeiras e plátanos. E’ a cidade do escultor Aristide Maillol que tem ai seu museu. Também abriga o Observatório Oceanográfico que é um espaço que apresenta as pesquisas realizadas em biologia e ecologia. O seu biodiversarium constitui um instrumento de valorização das riquezas locais em torno da biodiversidade. O Jardim mediterrâneo do biodiversarium é extremamente pedagógico e o novo aquário, com o mesmo intuito, acaba de ser inaugurado.

Percorra esse belo território ao seu ritmo e desfrute desse meio ambiente protegido e valorizado.

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