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OS JARDINS DA PAZ NA REGIÃO HAUTS-DE FRANCE – Centenário do fim da Primeira Guerra Mundial

Grandes celebrações foram programadas em comemoração aos cem anos do armistício da Primeira Guerra Mundial. A região de Hauts-de-France, teatro dessa guerra de trincheiras, decidiu celebrar a herança futura e afirmar a resiliência do seu território que tanto sofreu nos conflitos do século XX, através da arte da paisagem e da criação artística. Doze Jardins da Paz foram inaugurados em novembro de 2018, perto dos lugares centrais da ocorrência desse conflito. Ao lado dos grandes monumentos em memória aos soldados e combatentes, os Jardins da Paz oferecem um espaço de calma e reflexão. Ao longo dos anos, o projeto Jardins da Paz, defendido por Arte e jardins - Hauts-de-France e a Missão do Centenário da Primeira Guerra Mundial, será enriquecido e ilustrará a diversidade dos países envolvidos neste conflito e que agora escolheram acolher a causa da paz. O âmago do projeto é a criação artística, o paisagismo e a redescoberta do imenso patrimônio natural, cultural e industrial de Hauts-de-France. Numa região severamente devastada pela guerra, os Jardins da Paz oferecem uma abordagem diferente, sensível e complementar aos lugares de lembrança.

A paisagista neozelandesa Xhante White e sua equipe criaram o jardim Rangimarie na cidade de Le Quesnoy que foi liberada em Novembro de 1918 pelas tropas neozelandesas. Rangimarie em maori é sinônimo de paz e representa um espaço de calma.
Os paisagistas belgas Mathieu Allain e Thomas Van Eeckhout, com o jardim A l’assaut du rempart, convidam o visitante a imitar o batalhão que liberou Le Quesnoy atacando a muralha das fortificações da cidade. O jardim é uma projeção de uma seção da muralha no solo gramado da Fortaleza.
Em Vimy, o Parque memorial canadense comemora o envolvimento canadense na Primeira Guerra. Os paisagistas Karyna Saint-Pierre, Julie Parenteau e Pierre-Yves Diehl imaginaram o jardim Flag inspirando-se na floresta boreal e nas paisagens nevadas do Canadá cuja cor clara faz lembrar a bandeira branca.
ImagemJardim Pipper's Peace © Yann Monel







Em Arras, próximo ao cemitério militar Faubourg d’Amiens, as paisagistas Anna  Rhodes e Melissa Orr criaram o jardim Pipper’s peace, em homenagem aos 2500 tocadores de gaita de fole que se encontravam na primeira linha dos batalhões escoceses para galvanizar as tropas. A vegetação escolhida para o jardim faz lembrar a paisagem escocesa.


A aldeia de Thiepval foi inteiramente destruida durante a Primeira Guerra. Um memorial franco-britânico foi erigido no lugar do povoado. Não longe de lá, os ingleses Helen e James Basson conceberam o jardim Pax Dryades como cicatrizes da guerra na paisagem. O seu traçado toma a forma sinuosa das trincheiras numa rota labiríntica que serpenteia entre as árvores.
O jardim galês em Thiepval Through a woodland gently, concebido por Dan Browyer e Andrew Fisher Tomlin convida a atravessar a história como uma fita que une o passado ao futuro. A estrutura principal é um único banco de 33 metros instalado na parte mais calma do bosque de Thiepval.
A colina de Notre-Dame-de-Lorette, no noroeste da cidade de Arras, abriga o cemitério nacional e o Anél da memória, um monumento em comemoração do centenário da Primeira Guerra que consiste em um anel com um perímetro de 345 m onde estão inscritos os nomes dos soldados em ordem alfabética, sem distinção de nacionalidade, grau ou religião. Os paisagistas franceses Elise e Martin Hennebicque imaginaram o jardim Promenade en sous-bois, lumières et transparences cuja atmosfera íntima destaca a luz e a sombra e convida o visitante a se recolher fora da área do cemitério.

ImagemJardin d'Eutychia © Yann Monel




A cidade de Péronne foi ocupada pelos alemãs durante quase todo o período da guerra e sofreu muito durante o conflito. Os paisagistas irlandeses Peter Donegan e Ian Price imaginaram um jardim no fosso do castelo de Péronne, o  Jardin d’Eutychia, a deusa grega da felicidade. Um jardim acolhedor, onde as árvores oferecem frutas e sombra, e as flores poderão ser colhidas pelos passantes.


A velha aldeia de Craonne construída em um dos cumes do Chemin des Dames (Caminho das Damas) foi inteiramente destruída durante a Primeira Guerra. Agora, os sete hectares de um arboreto cobrem o vale devastado pela luta e as bombas. Entre as árvores, o paisagista alemão Thilo Folkerts delimitou três círculos por um anel de metal, cada um deles enfatizando a topografia acidentada do local. Dentro deles, milhares de bulbos serão plantados a cada ano pelos passantes. O jardim se chama Cultivar a memória.
Durante a batalha no Chemin des Dames muitos soldados italianos foram mortos. O jardim 592 dos paisagistas Lorenza Bartolazi, Luca Catalano e Claudia Clementini homenageia a memória destes 592 desaparecidos, enterrados nas proximidades no cemitério de Soupir. Os paisagistas cobriram com uma camada de argila algumas depressões do terreno, como lágrimas, que agora retêm a água da chuva. Plantadas entre as árvores, as estacas simbolizam os batalhões de soldados caídos. Na primavera, a explosão de cores das flores iluminará o jardim.
Na beira do Chemin des Dames, o Jardin des Hespérides vem homenagear os soldados marroquinos caídos em solo francês. Imaginado pelo paisagista marroquino Karim El Achak e o belga Bernard Depoorter, o traçado geométrico rigoroso evoca a arte do jardim arabo-muçulmano. Uma pequena porção do Marrocos em terra francesa.
ImagemJardin du troisième train © Yann Monel



No dia 11 de Novembro de 1918 o armistício foi assinado no vagão de um trem na clareira da floresta de Compiegne. O Jardin du troisième train foi concebido pelo paisagista alemão Marc Blume, o artista frances Gilles Brusset e a arquiteta italiana Francesca Liggieri. Os caminhos do jardim progridem de forma sinuosa sob a folhagem lembrando a forma das trincheiras. Um longo banco baixo com vários espelhos refletem o céu e a folhagem, como um terceiro trem, o da paz.
 


Até a primavera do 2019, quatro outros jardins serão inaugurados. Um jardim francês na Bélgica, um jardim australiano em Fromelles. Um jardim tcheco e eslovaco em Neuville-Saint-Vaast e um jardim português em Le Quenoy.
 
www.artetjardins-hdf.com
www.facebook.com/artetjardinsHDF
 
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