Foto : Brest © Frédéric Le Mouillour
BREST
Nesses últimos tempos, as minhas viagens tem me levado à beira do mar. Talvez por ser carioca, eu sinta tanto a falta dele. Mas a verdade é que as cidades banhadas pelo mar possuem, ao meu ver, um charme especial. Para essa pequena viagem escolhi Brest, cidade portuária muito importante, situada na região da Bretanha, uma região que adoro. Brest é também o segundo porto militar da França e uma cidade de um grande dinamismo cultural.
Brest, cidade bombardeada e destruida durante a segunda guerra mundial, mas reconstruida, se encontra em plena mutação atualmente. Ela surpreende pela sua vitalidade e pela diversidade de ofertas. Uma viagem que me proporcionou grandes prazeres e descobertas.
Como sou fascinada pelo oceano, pela vida sub marina e seus mistérios, os meus primeiros passos na cidade me levaram a Océanopolis, o parque de descoberta dos oceanos. Que maravilha ! O parque, com seus 68 aquários e tanques, propõe um verdadeiro mergulho no meio marinho e seu ecosistema. Os três pavilhões - tropical, polar e temperado - apresentam o espetáculo fascinante da flora e fauna marinha em movimento, numa cenografia fielmente reconstituida, e que preserva as necessidades das 10.000 espécies animais que residem no parque dos oceanos.
BREST
Nesses últimos tempos, as minhas viagens tem me levado à beira do mar. Talvez por ser carioca, eu sinta tanto a falta dele. Mas a verdade é que as cidades banhadas pelo mar possuem, ao meu ver, um charme especial. Para essa pequena viagem escolhi Brest, cidade portuária muito importante, situada na região da Bretanha, uma região que adoro. Brest é também o segundo porto militar da França e uma cidade de um grande dinamismo cultural.
Brest, cidade bombardeada e destruida durante a segunda guerra mundial, mas reconstruida, se encontra em plena mutação atualmente. Ela surpreende pela sua vitalidade e pela diversidade de ofertas. Uma viagem que me proporcionou grandes prazeres e descobertas.
Como sou fascinada pelo oceano, pela vida sub marina e seus mistérios, os meus primeiros passos na cidade me levaram a Océanopolis, o parque de descoberta dos oceanos. Que maravilha ! O parque, com seus 68 aquários e tanques, propõe um verdadeiro mergulho no meio marinho e seu ecosistema. Os três pavilhões - tropical, polar e temperado - apresentam o espetáculo fascinante da flora e fauna marinha em movimento, numa cenografia fielmente reconstituida, e que preserva as necessidades das 10.000 espécies animais que residem no parque dos oceanos.

O pavilhão polar apresenta dois ecosistemas diferentes, o oceano Artico e o continente Antártico. Esse pavilhão é o reino das focas, dos pinguins, dos caranguejos gigantes e das anêmonas. Fiquei maravilhada com a manchotière, o lugar onde se reunem os pinguins. Uns 40 deles fazem o show nesse ambiente de cachoeiras e neve, uns mergulhando, outros escalando penhascos. As focas aproveitam de um verdadeiro campo de neve e de um imenso tanque para nadar ou descansar sobre o gêlo. Três aquários ilustram a riqueza do fundo do mar polar: caranguejos gigantes oriundos do Japāo, estrelas do mar de tamanho impressionante, anêmonas de diversas cores e peixes muito estranhos !!
O pavilhāo tropical, com a temperatura da água do mar mantida no mínimo a 20°C, acolhe 700 espécies de peixes e invertebrados ! A sensação do pavilhão é o tanque de 17m de diâmetro onde seis espécies de tubarões, raias, peixes multicoloridos e invertebrados nadam, deslizam. Penetrando nesse território excepcional eu me sentia parte desse universo. E’ muito impressionate poder observar os tubarões de tāo perto. Sāo animais de grande beleza. Mais adiante, um grande aquário de 13m contém um recife que abriga 60 espécies de corais e seus peixes com uma grande variedade de cor.
No pavilhāo temperado descobrimos as espécies de peixe que vivem no mar da Bretanha, os lagostins, os hipocampos, as anêmonas, as focas cinzas. Também presente um casal de lontras que são uma graça. Ali podemos observar os fenômenos oceanográficos como as marés, as ondas, as correntes etc.
Oceanópolis concebeu todos esses espaços intergrando maquetes, filmes e sistemas interativos que permitem explicar o funcionamento do nosso planeta.
A visita à Oceanopolis é uma experiência lúdica, instrutiva e indispensável.
www.oceanopolis.com
Oceanópolis concebeu todos esses espaços intergrando maquetes, filmes e sistemas interativos que permitem explicar o funcionamento do nosso planeta.
A visita à Oceanopolis é uma experiência lúdica, instrutiva e indispensável.
www.oceanopolis.com
Depois de Oceanopolis, achei que era o momento de sentir a brisa marítima em cheio ! Direçāo : enseada de Brest. Esta enseada é um imensa baía de 180km² ligada ao Atlântico através de um estreito de 1.8 km de largura chamado de goulet de Brest. O porto de Brest está localizado na sua parte norte. A enseada é navegável durante o ano inteiro.
Embarquei, para um passeio, no navio Brestôa que atravessa a enseada duas vezes ao dia. Gostaria de ter embarcado no La Recouvrance, o navio-embaixador de Brest, uma réplica de um navio militar de 1817. Mas nāo deu !! O passeio é fantástico. O relevo da enseada é bastante recortado e pude vislumbrar as inúmeras penínsulas que a penetram e os vilarejos que a bordam. Embarquei, para um passeio, no navio Brestôa que atravessa a enseada duas vezes ao dia. Gostaria de ter embarcado no La Recouvrance, o navio-embaixador de Brest, uma réplica de um navio militar de 1817. Mas nāo deu !! O passeio é fantástico. O relevo da enseada é bastante recortado e pude vislumbrar as inúmeras penínsulas que a penetram e os vilarejos que a bordam.
Desembarcando, fui visitar o estaleiro de Guip especializado na restauraçāo e construçāo de navios em madeira sejam eles para trabalho, barcos de patrimônio ou iates. Um dos donos, Yann Mauffret, serviu de guia. Em trinta anos, ele reuniu em torno de si carpinteiros da marinha e marceneiros apaixonados pela construção de barcos. Eles aliam um conhecimento ancestral e as exigências modernas e assim podem trabalhar numa carpintaria naval clássica ou em construções modernas em madeira. Foi no estaleiro Guip que o navio La Recouvrance foi construido. Me impressionou ver essas imensas carcaças de barcos e o trabalho minucioso e precioso dos marceneiros.
Resolvi andar um pouco pela cidade, tomar o bonde elétrico na rua de Siam, passear na cours Dajot que domina a enseada, percorrer a Brest histórica reconstruida e em renovaçāo, ver ao longe os ateliers dos Capucins, típicos da arquitetura industrial do século XIX e que estāo sendo restaurados juntamente com a construçāo de um novo bairro nesse setor histórico da cidade.

Dominando a enseada e contruído na embocadura do rio Penfeld, o castelo de Brest é o mais antigo monumento da cidade. Edificado num lugar de grande importância estratégica, há dezessete séculos ele conserva a sua vocaçāo de fortaleza militar. Construçāo militar na época dos Romanos, o castelo foi ampliado e remodelado ao longo do tempo, mantendo a sua capacidade de defesa a todo ataque terrestre ou marítimo. Desde 1955, o castelo abriga o museu nacional da Marinha. O museu exibe esculturas famosas de Yves Collet, modelos de navios, esculturas, pinturas e outros objetos relacionados com o desenvolvimento da prisāo, do porto militar, das construções navais e a vida marítima de Brest. O acervo é bastante interessante e do castelo avistamos as fragatas e navios na base naval.
Aberto todos os dias de 10:00h às 18:30h de junho a setembro.
www.musee-marine.fr/brest

A Torre Tanguy é outra construçāo fortificada que foi restaurada em 1970. Ela se encontra na margem direta do rio Penfeld, no bairro de Recouvrance, que foi o berço histórico da cidade. A Torre Tanguy exibe imensos dioramas com reconstituições históricas e passeios nas ruas pitorescas de Brest antes de 1939. A apresentaçāo de dioramas está voltando à moda e esses sāo particularmente charmosos.
Tour Tanguy – aberta todos os dias de junho a setembro. Entrada franca

O tempo se mantém estável no segundo dia da minha visita. Um bonito dia me acolhe. Ideal para visitar o Jardim do Conservatório Botânico que festeja seus 40 anos de existência. Nāo esperava encontrar um jardim tāo exuberante e encantador. A sua origem data de 1975 quando o primeiro instituto mundial para a preservaçāo da flora ameaçada de extinçāo foi criado. Graças ao clima temperado oceânico e a presença de água, o lugar foi idealmente escolhido para cultivar plantas do mundo inteiro. Sāo 2500 espécies presentes nos 30 hectares que possui o jardim do conservatório.
As plantas estāo regrupadas segundo sua origem geográfica, criando uma variedade de ambientes vegetais que confere a originalidade desse jardim. Pequenos riachos e lagos animam esse espaço de repouso e prazer.
A maior riqueza do jardim se encontra nas estufas tropicais. Sāo mais de 500 espécies em perigo, das montanhas húmidas às zonas desérticas, que estāo presentes num espaço de 1000m². Descobri, entre os vegetais, a presença de uma planta brasileira de folhas gigantes, a gunera manicata.
Também pude visitar o laboratório onde um banco de sementes se encontra em segurança.
Uma verdadeira volta ao mundo da flora mundial sem sair de Brest !!
Também pude visitar o laboratório onde um banco de sementes se encontra em segurança.
Uma verdadeira volta ao mundo da flora mundial sem sair de Brest !!
Com vontade de continuar em contato com a natureza, resolvi atravessar a ponte do Iroise para almoçar num pequeno porto da península de Plougastel. Os pequenos portos da Bretanha me fascinam, com seus barcos coloridos, as casas de pescadores, as cores do céu em constante mudança. Um almoço de crepes num pequeno restaurante local na frente do porto foi super bemvindo. Que delícia ! Comecei com as galettes, que sāo crepes feitas com trigo sarraceno, recheadas com legumes e salmāo. De sobremesa, crepe recheada com caramelo feito com manteiga salgada, especialidade da regiāo. A refeiçāo foi acompanhada de cidra.

Uma visita ao antigo convento dos Capuchinhos na cidade de Landernau se impunha. Foi nesse local que em 2011 o Fundo Helene & Edouard Leclerc para a cultura se instalou. Com uma programaçāo de exposições de arte contemporânea de qualidade, o local atrai o grande público. Assisti a uma belíssima exposiçāo das obras do escultor Giacometti e a próxima exposiçāo sera consagrada ao ilustrador e pintor Lorenzo Mattotti. Um belo final de viagem !
www.fonds-culturel-leclerc.fr
Um final de viagem que nāo me deixa triste, pois ja’ tenho data marcada para voltar. Do dia 13 a 19 de julho de 2016 a cidade acolherá as Festas Marítimas Internacionais. E’ o carnaval marítimo e terrestre ! Os grandes veleiros, os navios de patrimônio, os belos iates e as embarcações exóticas festejarāo com os milhares de marinheiros e o imenso público que estará presente nesse grande encontro. O cais também vibrará na festa com mais de 3.000 músicos e 200 grupos que irāo se revezar dia e noite. Espaço de exposições, concertos, desfiles marítimos e fogo de artifício. Certamente um espetáculo magnífico !
www.brest2016.fr
www.brest2016.fr